segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pará, Somos Contra a Divisão do Estado.

Não somos contra o povo que estar no que seria uma especie de territorio do Tapajós ou do Carajás, no entanto, não há como entender, o que garante, que dividos o povo estará melhor?




que teremos mais segurança?
que teremos mais terra para trabalhadores?
que teremos mais educação para as nossas crianças?
Precisamos saber o que vai almentar mesmo, o que isso vai gerar mesmo?

Se o Estado é grande, entao Minas Gerais deveria serm uma Estado bem pobre! Mas se o Estado deve ser pequeno, entao o Piauí deveria ser o Estado Mais rico, se o que se quer e evitar que a riqueza de outros territorios não seja mal utilizado por outros territorios pouco produtor, entao temos que aceitar que o Os Pampas gaucho se divida do Brasil, pois assim, eles alegam contra o norte e nordeste do Brasil, arrogantemente se jugam os mais produtores do país.

Não somos contra o povo, os trabalhadores, os movimento sociais de luta e resistencia.

Queremos um povo feliz! um povo lutador, um povo que quer vencer com bravura e honestidade!

Somos contra a divisão do Pará! Porque ja sabemos quem sao os que vão ganhar com "o repartir do bolo".

Outra coisa, nao caiam no canto da sereia, os mal carater do PSDB que agora estão no governo do Estado, tentam fazer um papel de bom moço dizendo que não são afavor da separação, pura falacia, a elite do qual eles representam é que esta movendo toda essa simulação facista e separatista do Estado do Pará.

Somos, não! por causa da liberdade, da biodiversidade, da cultura, da amazonia, da juventude e das mulheres do campo e da cidade.
Somos, não! por causa da sustentabilidade, e da soberania.
Somo , não! por causa do trabalho escravo que essa turma do racha ainda pratica.
Somos, não! por causa dos plantios de monoculturas no Estado e na Amazônia.
Somos, não! pelos povo que passa fome e sem terra pra plantar.


Acredite, os trabalhadores, as lideranças, os movimentos e toda a gente do boa e trabalhadora do Estado, nao vai ganhar com essa divisao.

Acreditemos que podemos fazer mais com o Estado unido, totalmente indivisivel.


Jose Wilson Alves
Assessor Politico Pedagogico do MARU

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Eu quero meu meu Pará inteiro

A aprovação pela Câmara de plebiscitos para o desmembramento do Pará e criação de dois novos Estados - Carajás e Tapajós - foi recebida por estudiosos da vida administrativa brasileira como simples manobra para criação de cargos executivos, mais empregos públicos e espaço para troca de favores políticos. "Não vejo como os problemas daquela área seriam mais bem resolvidos com essa providência", resumiu a economista Luciana Gross, da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Um dos sérios desafios da região, adverte a economista, "é sua precária estrutura rodoviária e fluvial". E isso não se resolve, acrescenta, "com a construção de mais prédios e instalação0 de novas assembleias, fóruns, secretarias e mais empregos públicos". "Criar um Estado não melhora a capacidade de arrecadar tributos", afirmou.
No mesmo tom, o cientista político Marco Antonio Teixeira, da PUC, diz que a aprovação dos plebiscitos - até pelo modo como foi obtida, numa votação simbólica, numa tarde de quinta-feira, com pouca gente em plenário - aponta para "uma acomodação entre lideranças políticas, para futura troca de favores". O melhor atendimento aos que lá vivem e precisam de ajuda, prossegue o professor, "depende de melhor qualidade de gestão dos recursos públicos, de uma seleção rigorosa de objetivos em que gastar o pouco dinheiro que há".
Ele rejeita a tese de que o Pará é muito grande e regiões distantes ficam abandonadas. "Se Estado pequeno funcionasse melhor, Alagoas ou Sergipe estariam por certo em ótima situação", comparou.
O quadro fica mais grave, segundo Teixeira, "porque essas são áreas com baixa capacidade de arrecadar tributos". Isso permite, segundo ele, prever uma dependência muito grande de repasses federais, situação que não deve mudar no curto prazo. Um breve exemplo: a simples realização dos dois plebiscitos representará um custo acima de R$ 8,5 milhões - um gasto do Tesouro antes mesmo que a criação dos dois esteja aprovada.
Gabriel Manzano, de O Estado de S. Paulo

domingo, 8 de maio de 2011

Eu quero meu meu Pará inteiro

Custo da criação dos estados de Tapajós e Carajás seria de R$ 3 bi - 06/05/2011

Local: Brasília - DF
Fonte: Correio Braziliense
Link: http://www.correioweb.com.br/


Uma conta bilionária: a contragosto do Planalto, deputados aprovam proposta de plebiscito, previsto para daqui a seis meses, sobre a subdivisão do Pará em três estados. Gastos com a criação de Tapajós e de Carajás estão estimados em R$ 3 bilhões

Ivan Iunes Correio

Um cochilo dos líderes do governo na Câmara dos Deputados permitiu a aprovação de um plebiscito com potencial para gerar um rombo de pelo menos R$ 3 bilhões em despesas para a União com a criação de dois novos estados já em 2012. Pela proposta, os 7,5 milhões de habitantes do Pará decidirão em seis meses sobre a divisão do atual território em três. A consulta pode resultar na criação dos estados do Tapajós e do Carajás, reduzindo a área atual do Pará em 80% e o Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 49,5 bilhões pela metade. A consulta popular contava com a desaprovação do governo federal, de olho nos gastos provenientes da criação das estruturas administrativas para as duas novas unidades da Federação.

A proposta de criação dos dois estados recebeu voto contrário apenas da bancada do Psol. A base governista ainda ensaiou aprovar um requerimento adiando a votação do plebiscito, mas a proposta acabou retirada por pressão da oposição. A estratégia governista foi comandada pelo vice-líder, José Nobre Guimarães (PT-CE). “Tenho como norma não desautorizar nenhum acordo em nome do governo. O governo estava representado pelos vice-líderes e foi feito um acordo entre todos os líderes partidários para evitar a obstrução dos trabalhos pela oposição”, justificou o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Na semana que vem, o governo terá votações importantes, como o Código Florestal e a emenda que flexibiliza regras da Lei de Licitações para obras de aeroportos das cidades-sede da Copa do Mundo e para a preparação das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

Os paraenses decidirão até novembro sobre a possibilidade de fatiar o atual território do estado em três. Ao Palácio do Planalto, os líderes governistas garantiram que a proposta não geraria gastos imediatos — eles planejam empurrar a aplicação do plebiscito para as eleições de 2014. “A aprovação foi inócua, não tem nenhum impacto agora. E mesmo quando for aplicado o plebiscito, ele ainda precisa ser aprovado pela população”, minimizou Vaccarezza. O rombo nas contas públicas, no entanto, pode vir antes do previsto pelo governo — de acordo com o texto da lei. Cada estado deve custar R$ 1,5 bilhão em estruturas administrativas, sedes dos governos e assembleias estaduais. Além disso, a criação também abrirá seis novas vagas de senador e ampliará a bancada atual de deputados do Pará em pelo menos sete deputados — as vagas migrarão de outros estados para o de Carajás e o de Tapajós.

Royalties

Para os defensores da proposta, a criação das duas novas unidades da Federação ampliará consideravelmente a presença do Estado, especialmente em regiões miseráveis do sul e do sudeste do Pará. “Já colocamos até recursos de R$ 8,6 milhões no orçamento do TSE para a realização do plebiscito. Mesmo o gasto (de R$ 3 bilhões) é ridículo em relação ao ganho. Apontar o alto custo da criação dos estados é não ter lido o texto do decreto”, rebateu um dos autores da proposta, o deputado federal Giovani Queiroz (PDT-PA). O que restará do atual Pará, segundo maior território do país, ficaria com a capital, Belém, e um PIB de R$ 28 bilhões, mas perderia boa parte dos royalties minerais da região dos Carajás (veja o mapa abaixo).

O novo estado teria 40% do PIB atrelado à Companhia Vale — a empresa ainda prevê investimentos de R$ 35 bilhões nos próximos anos, incluindo a construção de uma siderúrgica em Marabá. A região é a maior província mineral do mundo, rica em ouro, cobre, ferro, bauxita e manganês. Abriga a hidrelétrica de Tucuruí e a Serra de Carajás. O território ainda tem 11 milhões das 16 milhões de cabeças de gado do estado, traduzidos em uma epidemia de conflitos agrários. Por outro lado, Santarém teria cerca de 65% do território ocupado por áreas de preservação. O PIB per capita seria quase a metade do de Carajás — R$ 5.153 contra R$ 9.250. Aliados do atual governador, Simão Jatene (PSDB), declararam que ele é favorável à divisão do Pará, embora não tenha se pronunciado oficialmente.

A aprovação do plebiscito de Carajás é definitiva, enquanto o de Tapajós ainda passará pelo Senado — onde não deve ter votação difícil. Além dos dois projetos, o Congresso ainda abriga a proposta de criação de mais oito estados e quatro territórios (veja quadro abaixo). A profusão de projetos com esse teor irrita não apenas o governo, mas também uma parcela dos deputados. “Você não fortalece a federação nem melhora as condições de vida da população com a criação de novos estados. Muitos dos territórios, sequer são autosuficientes”, reclamou o deputado federal Chico Alencar (PSol-RJ).

retirado de www.amazonia.or.br